8 de janeiro: ‘Fala de Hugo Motta foi como um rolo compressor em nosso sofrimento’, diz mãe de exilado

No dia seguinte ao anúncio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de que se licenciaria do mandato para ficar nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou não haver mais perseguições políticas no país nos últimos 40 anos.

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A declaração do parlamentar paraibano revoltou Tereza Vale, mãe de um exilado político, acusado de participar dos atos de 8 de janeiro. Em entrevista à edição desta sexta-feira, 28, do programa Oeste Sem Filtro, ela disse que “a fala de Motta foi como um rolo compressor em seu sofrimento”.

Mãe de exilado confronta Hugo Motta

A aversão à fala de Motta foi tanta, que a mãe do exilado confrontou o deputado durante um evento do Republicanos, realizado em Brasília, na última sexta-feira, 21. Na ocasião, ela alegou que o parlamentar mentiu ao afirmar que não existem mais exilados políticos no país.

“Vim testemunhar a mentira de Hugo Motta”, declarou Tereza, durante o evento do Republicanos. Além disso, ela expressou indignação com o posicionamento do partido em relação às políticas de apoio às mulheres.

Ao programa Oeste Sem Filtro, Tereza afirmou que foi ao evento porque queria dar seu testemunho. O objetivo seria influenciar mais mulheres a lutar por Justiça. 

Contudo, a mãe do exilado disse que ficou inconformada quando viu Motta chegar ao evento. “Pensei: por que ele está aqui depois de falar aquelas coisas?”, disse. “A presença dele me incomodou.”

A dor de uma mãe ao ver seu filho ser perseguido 

Tereza ainda disse que tomou tal atitude porque sua voz não é ouvida. De acordo com ela, somente os advogados e os congressistas falam. A mãe do exilado ainda afirmou que as mães devem ser ouvidas porque elas sabem a dor de ter um filho perseguido.

Além disso, Tereza reclamou da eleição do parlamentar paraibano para a presidência da Câmara. “Não fizeram um acordo com Motta para aprovar a anistia?”, perguntou. “Deixaram de votar no deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) para votar em Motta.”

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