Folha reclama do governo Lula: ‘Nenhum homem preto ministro’

Com a demissão de Silvio Almeida e a nomeação de Macaé Evaristo no Ministério dos Direitos Humanos, o governo Lula não conta mais com nenhum homem autodeclarado preto no cargo de ministro. O fato recebeu atenção do jornal Folha de S.Paulo.

Na manchete de notícia que repercute a demissão de Almeida, acusado de assédio e importunação a mulheres, dentre elas, a ministra Anielle Franco, o jornal destaca que não há “nenhum homem preto ministro” no atual cenário da Esplanada.

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No total, nove dos 38 ministros do atual governo se autodeclaram pretos ou pardos. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, se autodeclara indígena. Macaé Evaristo, a nova ministra dos Direitos Humanos, se declara preta. As informações estão disponíveis em autodeclarações em registros de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em declarações públicas.

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Antes de assumir, Lula recebeu certa pressão para formar ministérios mais diversos, com menos homens e mais pessoas não brancas. O presidente eleito afirmou, inicialmente, que o grupo de ministros teria um perfil diverso.

No entanto, a presença feminina no governo diminuiu à medida que Lula buscou dar mais espaço ao centrão para ampliar sua base no Congresso Nacional.

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Lula também fez duas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em ambas as ocasiões, recebeu pressão para escolher uma mulher negra. Na primeira, indicou Cristiano Zanin, seu antigo advogado — um homem branco. Na segunda, escolheu seu então ministro da Justiça Flávio Dino, que se autodeclara pardo, mas que não se envolve corriqueiramente à pauta racial.

Veja autodeclarações de alguns ministros de Lula


Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, se declara preta;

Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia: declarou-se parda em 2018;

Margareth Menezes, ministra da Cultura, se autodeclara preta;

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, declarou-se preta nas eleições de 2022;

Juscelino Filho, ministro das Comunicações, declarou-se pardo em 2022;

Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, declarou-se pardo em 2014 e 2018;

Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, declarou-se pardo em 2014;

Waldez Goés, ministro da Integração, se declarou pardo em 2018;

Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos, declarou-se preta nas eleições de 2022;

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, declarou-se indígena em 2022;

Ex-ministros


Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, se autodeclarou pardo em 2022;

Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, sempre se declarou preto.

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