Aloysio Nunes, ex-senador pelo PSDB, anuncia apoio a Boulos no 2° turno

O ex-senador Aloysio Nunes, liderança histórica do PSDB, anunciou apoio ao candidato Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno das eleições à Prefeitura de São Paulo.

O político descreve o psolista como alguém com “uma vida de profundo compromisso com as lutas populares” e garante que ele “é capaz de fazer de São Paulo uma cidade mais justa e democrática”. A informação é da Folha de S.Paulo.

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Aloysio Nunes se desfiliou do PSDB em junho deste ano, depois de 27 anos como militante tucano. Ele defendia compor a base de apoio do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), já no primeiro turno.

No entanto, seu posicionamento foi voto vencido no partido, que decidiu lançar o apresentador José Luiz Datena para a prefeitura da cidade.

Datena acabou na quinta colocação, com 1,84% dos votos, o pior desempenho do PSDB na capital paulista em toda a sua história. Ele perdeu até mesmo para os votos brancos (3,8%) e nulos (6,7%).

O jornalista definiu o próprio resultado como “péssimo”, “horrível” e “muito abaixo da crítica”. A derrocada se estendeu para a Câmara Municipal de São Paulo, que vai começar 2025 sem nenhum vereador tucano.

Aloysio Nunes tem passado ligado à esquerda

Estudante de direito do Largo São Francisco, Aloysio iniciou sua carreira como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, em 1967.

Era filiado ao Partido Comunista Brasileiro, que estava na clandestinidade. Foi nesta época que se juntou aos quadros da Ação Libertadora Nacional (ALN) e entrou na luta armada.

Nunes foi motorista de Carlos Marighella, o principal líder da ALN, em algumas ações e chegou a participar do célebre assalto ao trem pagador Jundiaí–Santos, em 1968.

Aloysio foi o responsável por dirigir um dos carros e guardar o dinheiro roubado que seria usado para financiar as ações armadas do grupo.

No mesmo ano do assalto, foi enviado por Marighella a Paris, onde passou a agir como um embaixador da guerrilha brasileira.

Cabia a Aloysio, por exemplo, angariar apoio à guerrilha com com políticos e institutos europeus de esquerda. Chegou a se filiar ao Partido Comunista Francês. Viveu na Europa até a anistia, em 1979.

Anos depois, ao falar sobre o passado de guerrilheiro, Aloysio disse ter uma visão “absolutamente crítica” do movimento por combater a ditadura por “uma via que não era democrática”.

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