São Paulo: campanha de Boulos gasta R$ 49 milhões a mais que em 2020 e perde outra vez
Embora tenha gastado sete vezes mais do que em 2020 nesta campanha para a Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) não conseguiu vencer esta eleição na principal cidade do Brasil. Em 2024, o candidato utilizou R$ 57,27 milhões para tentar o cargo no Executivo, valor muito acima dos R$ 7,74 milhões de quatro anos atrás. Ainda assim, o psolista perdeu para Ricardo Nunes (MDB), que obteve 59,35% dos votos. Boulos ficou com 40,65%.
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De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Boulos arrecadou R$ 81,2 milhões para sua campanha. Mais de 50% dos recursos vieram do PT. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuiu com R$ 44,1 milhões. Esse apoio financeiro foi maior que o destinado aos quatro candidatos petistas que disputavam o segundo turno em outras cidades do país.
Pela primeira vez, o PT decidiu não lançar um candidato próprio à prefeitura da capital paulista, indicando apenas a vice na chapa de Boulos, a ex-prefeita Marta Suplicy. A estratégia foi uma decisão do próprio Lula, que buscava promover Boulos como um potencial sucessor no cenário político da esquerda.
Impactos da derrota de Boulos para Lula e o PT
Apesar desses esforços, a derrota em São Paulo representa um grande revés para Lula e o PT em 2024. O partido tem enfrentado dificuldades para manter sua influência no campo da esquerda desde os escândalos de corrupção que surgiram no âmbito da Operação Lava Jato.
Por outro lado, a vitória de Nunes fortalece o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como figura proeminente para uma possível candidatura presidencial em 2026. Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio foi o grande apoiador de Nunes nesta eleição,
Desempenho de psolista entre 2020 e 2024
Na comparação entre os desempenhos de Boulos em 2020 e 2024, houve um aumento no primeiro turno. Os votos no candidato passaram de 20,24% para 29,07%. No segundo turno, o aumento foi de 40,62% para 40,65%, uma diferença insuficiente para superar o seu maior oponente na política.
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