O recado de Jojo Todynho para a esquerda

Em entrevista ao podcast Ella Pod, a cantora Jojo Todynho reafirmou ser uma artista de direita. “Não sou afiliada a partido nenhum, sou de direita e ponto”, afirmou à influenciadora Fernanda Mendonça. A entrevista foi transmitida em outubro, mas voltou a circular nos últimos dias, depois de a artista ser alvo de uma campanha de boicote.

“Porque sou negra, sou favelada, tenho de ser esquerdista? De onde que vocês tiraram isso? Que o pobre, negro, favelado tem de ser de esquerda? Sou o que quiser ser.”

“As pessoas querem fazer a gente engolir o que eles acham que é certo”, disse Jojo. “Enquanto vocês acharem que as pessoas têm de se comportar da forma que vocês pensam, vamos viver um eterno retrocesso. A gente nunca vai avançar!”

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Ela diz ainda que sofreu preconceito, “gordofobia” e racismo depois de tirar uma foto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Se as pessoas tiram foto com a Janja, por que eu não posso tirar com a Michelle?”, perguntou. “Qual o problema?”

Jojo ainda recordou as críticas que sofreu ao se definir como “preta de direita” e declarou voto em Alexandre Ramagem (PL), então candidato à Prefeitura do Rio. “Não era macaca até não me posicionar; quando passei a me posicionar, virei macaca?”, questionou Jojo.

“Fizeram um auê pelo meu posicionamento, mas Silvio Almeida, que estava assediando mulheres, ninguém abriu a porr* da boca para falar caralh* nenhum”, afirma, ao relembrar as denúncias de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula.

“Não vão me calar”, diz Jojo Todynho

Em setembro deste ano, Jojo concedeu uma entrevista exclusiva a Oeste. Na reportagem, a artista disse que sua escolha política resulta da sua visão sobre o que é o melhor para o Brasil. “Valorizo a liberdade, a segurança, e encontrei essas prioridades alinhadas com as propostas da direita”, disse a cantora ao repórter Cristyan Costa.

Ela ainda elegeu a desigualdade social, a violência e a corrupção como os principais problemas do país. “Muita gente lutando para ter o básico, um pão na mesa”, disse. “Uma violência absurda, ninguém tem segurança para andar nas ruas”, bem como a corrupção, “que nos impede de confiar na política e nos nossos governantes”.

Jojo afirma que não somente sabe da existência destas mazelas sociais, como também as vivenciou. “Desde pequena vi e vivi na pele o que há de ruim no Brasil”, revelou. “Perdi parentes para violência e conhecidos para o crime. Vi a miséria e fome.”

Apesar das críticas, ela afirmou que recebeu muito mais apoio por causa de seu posicionamento político do que críticas. “Mesmo com algumas pessoas ofendendo a mim e até a minha família, tenho recebido tantas mensagens de apoio e encorajamento que não há como não ficar grata”, agradeceu a cantora.

Leia também: “A farsa da direita ‘permitida'”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na Edição 241 da Revista Oeste

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