Braga Netto rompe o silêncio depois de ser indiciado

O general Braga Netto, por meio de sua defesa, se queixou, nesta quinta-feira, 21, da divulgação de informações do inquérito para alguns veículos de imprensa, antes mesmo dos advogados terem acesso aos autos.

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Ele foi um dos indiciados, nesta quinta-feira, pela Polícia Federal (PF), sob a acusação de tramar um suposto golpe de Estado no Brasil, depois da eleição do presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT), em 2022.

“A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto destaca e repudia veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas ‘em primeira mão’ a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas”, declarou a nota, assinada pelo advogado Luís Henrique César Prata.

“Assim, a Defesa aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado.”

Processo vai para o STF

A investigação da PF teve início em 2023 e sua conclusão ocorreu dois dias depois da prisão de quatro militares e um policial federal. Eles foram acusados de organizarem um suposto esquema para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, antes da posse do presidente, que ocorreu em janeiro de 2023.

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De acordo com o relatório, que tem mais de 800 páginas, Bolsonaro, Braga Netto e demais aliados cometeram, entre outros, abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A denúncia também ainda que eles montaram uma “organização criminosa”. 

A PF encaminhou o processo para o STF, que pedirá manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Se a PGR entender que há indícios de crime e apresentar uma denúncia, caberá ao STF determinar se os investigados vão se tornar réus.

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