Não entre de cabeça em nada, porque fica difícil d… Antonio Carlos Colicigno
Não entre de cabeça em nada, porque fica difícil de sair. Não é sobre cabeça.
Não entre de cabeça em nada, porque fica difícil de sair. Não é sobre cabeça.
A força que carrego não nasceu pronta, foi construída em cicatrizes profundas, cada golpe que recebi virou degrau, e hoje subo alto, porque subi ferido, a dor foi minha escada.
A alma encontra o próprio porto na vertigem do teu afeto, onde o tempo, que para todos corre, por nós se curva e multiplica a graça. Meu coração, antes inquieto, desarma e se rende ao teu cheiro, pois o que quase ninguém vê é o segredo que o teu toque descasca, e no teu beijo, o corpo vai sem medo, entregando-se inteiro à certeza de ter amado te ver.
A vida é finita, mas a responsabilidade é infinita: o que fazemos ecoa no mundo que entregamos aos outros.
Antes, havia uma voz — forte, verdadeira única, como trovão que rasga o silêncio e desperta o mundo adormecido. Depois, restou apenas o espaço, um vazio suspenso, do alto, onde ninguém observa, onde o tempo se dissolve em poeira sem causa e o olhar se perde no invisível. Nesse abismo de ausência, a memória ainda pulsa sem destruir, como chama escondida sob cinzas, esperando o instante apropriado em que outra voz se levante outravez, e o vazio volte […]
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“Servir” o homem, sem propósitos, qual benefício?
Se quem você quer fazer feliz não te liga, fique por sabedoria com quem te faz feliz. Não é sobre revanchismo.