Meu e seu. Sem plateia, sem testemunha, sem traduç… Tatianne Ernesto S. Passaes

Meu e seu.
Sem plateia, sem testemunha, sem tradução.

O que escrevemos aqui não pertence ao tempo,
nem ao olhar de ninguém —
é só a marca do que foi sentido na carne,
na calma dele e na minha intensidade.

Eternizei porque doeu bonito,
porque curou devagar,
porque amou sem pedir licença.

Este registro não é público:
é relicário.

Se um dia o mundo for barulho,
que estas páginas sejam refúgio.

Meu e seu.
Para sempre no que não precisa ser dito,
mas só reconhecido.

Tatianne Ernesto S. Passaes

Liked Liked