Aliados de Bolsonaro chamam de ‘cortina de fumaça’ a investigação da PF sobre suposta tentativa de golpe
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais, na manhã desta terça-feira, 19, para criticar a Operação Contragolpe conduzida pela Polícia Federal (PF).
A ação resultou na prisão de cinco suspeitos ligados a um suposto plano de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses aliados alegam que a operação tenta associar Bolsonaro à trama e a classificam como uma “cortina de fumaça”.
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De acordo com as investigações, o suposto plano previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou em seu perfil no Twitter/X que pensar em matar alguém é repugnante, mas que isso, por si só, não configura crime. Ele mencionou ser autor de um projeto de lei que criminaliza atos preparatórios de crimes desse tipo. Flávio também criticou decisões judiciais que, segundo ele, não têm respaldo legal.
Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um “gabinete de crise” integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???
Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso…— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) November 19, 2024
Carla Zambelli afirmou que a “cortina de fumaça” foi criada para prejudicar Bolsonaro
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) respondeu à publicação e afirmou que a lei não é respeitada. Ela classificou a operação como uma “cortina de fumaça” criada para prejudicar a imagem de Bolsonaro.
Já não seguem a lei faz tempo. E pior é quererem ver a montagem de cortinas de fumaça para tentar ligar isso ao nosso Presidente. É repugnante.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) November 19, 2024
A deputada Bia Kicis (PL-DF) compartilhou a postagem de Flávio. Ela citou o filósofo Olavo de Carvalho e afirmou que é necessário punir os “comunistas” pelos crimes que cometem para evitar perseguições injustas.
Como ensinava o professor @opropriolavo , “ou vocês prendem os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles o prenderão pelos crimes que vocês não cometeram https://t.co/8r8MMjlTxA
— Bia Kicis (@Biakicis) November 19, 2024
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), outro filho do ex-presidente, afirmou que as prisões fazem parte de uma “guerra de narrativas”. Ele criticou a exploração política de eventos recentes, como o suicídio de um homem na Praça dos Três Poderes, em Brasília, os atos de 8 de janeiro e as investigações contra Bolsonaro. Eduardo apontou que as ações miram na direita e sugeriu que eleições futuras trariam respostas.
Como ficou muito ridículo prender politicamente senhorinhas e mães de famílias desarmadas, o sistema tenta agora reforçar sua narrativas ao prender pessoas hoje alegando “plano para matar” autoridades.
Esqueça o jurídico que já não há neste país – atos preparatórios não são… https://t.co/zBDu1NQMIV pic.twitter.com/TpZofav47k
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 19, 2024
Entre os presos estão um general reformado, ex-assessor de Eduardo Pazuello, e militares do Comando de Operações Especiais do Exército. As investigações indicam que o plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, incluía o uso de recursos bélicos. O grupo planejava criar um gabinete de crise para gerir o golpe.
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