Bolsonaro intensifica mobilizações em resposta ao STF

Prestes a ter sua denúncia, por suposta tentativa de golpe de Estado, julgada pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro traçou uma estratégia para ampliar sua presença política por meio de manifestações públicas. A proposta envolve mobilizar multidões pelo país, com o objetivo de pressionar por anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.

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Desde que deixou o Palácio do Planalto, Bolsonaro organizou quatro grandes manifestações, todas concentradas em São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, ele pretende expandir esses eventos para cidades do Nordeste, região onde o presidente Lula tradicionalmente possui forte apoio eleitoral.

Bolsonaro pode expandir as manifestações

No domingo 16, durante um evento em Copacabana, o ex-presidente anunciou que planeja um grande ato na Avenida Paulista em 6 de abril. Depois desse evento, ele pretende seguir para o Nordeste, com Aracaju, em Sergipe, sendo provavelmente a primeira parada. A cidade é o berço político do deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

A intensificação dessas viagens é uma resposta à decisão esperada do STF, que poderá tornar Bolsonaro e seus ex-ministros réus por tentativa de golpe depois das eleições de 2022. Nos dias 25 e 26 de março, a Corte julgará a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que acusa Bolsonaro de cinco crimes, os quais podem resultar em até 40 anos de prisão.

Reações e estratégias políticas

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que, mesmo se o pai virar réu, ele manterá o ritmo acelerado de viagens. “A mensagem que leva é exatamente essa: Bolsonaro é perseguido por não ter feito nada, e vai repercutir isso para as pessoas do Nordeste”, disse. É um movimento acertado para levar esse recado.”

Flávio também destacou que, independentemente do número de participantes presenciais, os atos são fundamentais para gerar engajamento nas redes sociais. Segundo ele, além dos apoiadores em Copacabana, cerca de 3 milhões de pessoas acompanharam o evento em tempo real pela internet. “É isso que ele tem que fazer: mostrar para a opinião pública que a gente está do lado certo”, completou o senador.

Enquanto isso, o STF prepara um arsenal jurídico para lidar com Bolsonaro. De acordo com a revista Veja, a crença predominante na Corte é que todo o esforço de mobilização será inútil.

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