Cérebro: Mais uma vez você se deixa levar, né? Não… Silvywn
Cérebro: Mais uma vez você se deixa levar, né? Não lembra das últimas vezes? Das lágrimas, das promessas quebradas, da dor latejando no peito?
Coração: Eu sei… mas não consigo evitar. Cada sorriso dele, cada gesto, me puxa de novo. É como se meu peito tivesse memória própria, e a saudade me queimasse por dentro.
Cérebro: Memória própria? Você chama de memória, eu chamo de ilusão. Amor não deveria doer tanto. Amor não deveria te fazer sentir que está despedaçada toda vez que ele some.
Coração: Mas é que amar é isso… não é só flores e sorrisos. É sentir, mesmo quando machuca. E mesmo sabendo que vai doer, mesmo sabendo que vai me quebrar, eu ainda quero sentir.
Cérebro: Você já sofreu demais, já perdeu noites, já chorou rios de lágrimas. Você precisa se proteger! Quantas vezes você vai repetir o mesmo erro esperando que seja diferente?
Coração: E quantas vezes você vai deixar que eu viva? Que eu sinta? Eu não quero me esconder atrás da lógica, não quero esquecer o que é ter esperança. Mesmo se quebrar, mesmo se sangrar, eu quero tentar.
Cérebro: Mas e se tentar de novo e se machucar? Vai aguentar?
Coração: Eu não sei… mas já aprendi que a dor não me mata, só me fortalece. Cada cicatriz, cada suspiro, cada despedida… me molda. Me lembra que ainda posso sentir. E, no fundo, eu ainda acredito que o amor vale a pena.
Cérebro: Você é insana.
Coração: Talvez. Mas pelo menos estou viva.