Com só 10 ministras, Lula cobra presença feminina na ONU

Durante seu discurso na 79ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou uma maior presença feminina dentro da entidade. A declaração ocorreu nesta terça-feira, 24.

“Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de secretário-geral jamais foi ocupado por uma mulher”, disse Lula. “Estamos chegando ao final do primeiro quarto do século 21 com as Nações Unidas cada vez mais esvaziada e paralisada.”

Nesse momento, o chefe do Executivo brasileiro foi aplaudido pelas autoridades presentes no evento da ONU, incluindo a primeira-dama Janja Lula da Silva, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente. 

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Embora Lula tenha cobrado uma maior inclusão de mulheres em altos cargos da ONU, seu governo atualmente é composto de 38 ministros, sendo dez mulheres. Além disso, o presidente indicou dois homens, Cristiano Zanin e Flávio Dino, para as duas vagas abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) — sendo uma delas, anteriormente ocupada por uma mulher, Rosa Weber.

As ministras de Estado são:


Simone Tebet — Planejamento e Orçamento

Anielle Franco — Igualdade Racial

Cida Gonçalves — Mulheres

Esther Dweck — Gestão e Inovação

Luciana Santos — Ciência e Tecnologia

Macaé Evaristo — Direitos Humanos

Margareth Menezes — Cultura

Marina Silva — Meio Ambiente

Nísia Trindade —Saúde 

Sônia Guajajara — Povos Indígenas

Demissões de mulheres no governo Lula

Em quase dois anos de gestão, Lula já demitiu três mulheres que integravam o alto escalão do governo para acomodar indicações do centrão. As mudanças visavam à consolidação do apoio de partidos, como União Brasil, PP e Republicanos no Congresso Nacional. 

Em julho de 2023, ocorreu a primeira demissão do governo federal. A ministra Daniela Carneiro saiu do Ministério do Turismo para abrigar o deputado Celso Sabino (União-PA) a pedido do União Brasil. 

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Já em setembro do mesmo ano, foi a vez da então ministra dos Esportes, Ana Moser. Apesar da resistência de lideranças do esporte e de outras ministras mulheres, a ex-atleta foi substituída pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA). 

Um mês depois, a gestão petista ficou marcada pela saída de Rita Serrano da presidência da Caixa. O comando do banco foi negociado com Lira, o qual indicou o servidor de carreira Carlos Vieira para assumir a instituição.

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