Coronel da reserva é exonerado depois de criticar atuação da Polícia Federal

O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do curso de gestão de recursos de defesa na Escola Superior de Guerra (ESG). A decisão foi tomada depois de mensagens polêmicas divulgadas por ele nas quais questionava a legitimidade das eleições de 2022 e criticava a atuação da Polícia Federal.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a exoneração será oficializada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 27. As mensagens foram compartilhadas em um grupo de WhatsApp, com centenas de integrantes, o que inclui professores e ex-alunos da ESG, instituição sob o comando do Ministério da Defesa, liderado por José Múcio.

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No grupo, o coronel afirmou que as eleições de 2022 “foram roubadas” e chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão”. Barboza também questionou a investigação da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe que envolve figuras do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Coronel confirma autoria das mensagens

Anderson Freire Barboza confirmou a autoria das mensagens e as descreveu como um “desabafo pessoal”. Ele disse ficar triste ao comentar a competência dos militares indiciados pela Polícia Federal.

A investigação da PF indiciou 37 pessoas sob acusação de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa. Entre os indiciados estão Bolsonaro, generais do Exército e outros ex-líderes militares.

Os indiciados incluem figuras como Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro em 2022; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército.

A lista também menciona Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-comandante de Operações Terrestres; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL); e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

O documento da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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