Defesa nega relação de Bolsonaro com 8/1 e pede nulidade da delação de Cid
A defesa de Jair Bolsonaro negou que o ex-presidente teria integrado uma suposta organização criminosa para aplicar um golpe de Estado e incentivar os atos de 8 de janeiro de 2023.
Durante sua sustentação oral à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira, 25, Celso Vilardi afirmou que Bolsonaro foi o “presidente mais investigado da história do país” e que, mesmo assim, não foi encontrado “absolutamente nada” contra ele.
Vilardi negou qualquer relação do presidente de honra do PL uma “trama golpista” relatada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O PGR argumentou que Bolsonaro teria participado de um “plano que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo’”.
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“Mas é evidente que se houvesse uma mensagem comprovando que não há nenhuma relação com o punhal verde-amarelo, que nem muita importância nesse momento, que nós estamos falando de um recebimento de uma denúncia gravíssima, por fatos gravíssimos, que o presidente da República não tem nenhuma relação com o punhal verde-amarelo, Operação Coneca, Copa 22 e assim por diante. Então, a verificação das trocas de mensagem, a partir do momento que correram os dias em que falaram com o comando militar, que pediram audiência no Planalto, na Alvorada, que tiveram lá, o que disseram? Isso não consta. É essa a importância de verificar toda a questão”, argumentou Vilard.

Defesa de Bolsonaro pede nulidade da delação de Mauro Cid
Celso Vilardi também solicitou à 1ª Turma do STF a nulidade da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. O advogado argumentou que o depoimento “não vale nada”.
“Inclusive, o colaborador, nessa versão do colaborador, foi corroborada pela Polícia Federal”, justificou. “Não, desculpe, não foi corroborada pela Polícia Federal. É o colaborador que corroborou a versão da Polícia Federal. É exatamente o inverso disso. E numa audiência que se traduziu numa coleta de provas. E essa é a insurgência da defesa. Porque nesse momento, essa coleta só poderia ser feita, com todo respeito, pelo procurador, pela polícia e não pelo poder social.”
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Vilardi destacou que entende a “gravidade de tudo o que aconteceu no 8 de janeiro”, mas que não é possível “que se queira imputar a responsabilidade ao presidente da República o colocando como líder de uma organização criminosa quando ele não participou dessa questão do 8 de janeiro”.
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