Depois de atacar Israel na ONU, Lula usa Instagram para homenagear Palestina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, nesta quarta-feira, 25, em sua página no Instagram, uma foto com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. 

Além da foto em que aparece encostando a sua testa na testa do líder árabe, o petista escreveu mensagem dizendo-se solidário à crise no Oriente Médio. “Manifestei minha solidariedade pelo sofrimento de mulheres e crianças palestinas com a violência e a necessidade de um cessar-fogo imediato”.

A manifestação ocorreu um dia depois de o petista discursar na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e receber críticas da comunidade internacional. A reprovação pública decorreu dos ataques que Lula fez a Israel. Na ONU, o brasileiro também defendeu o regime comunista de Cuba e ignorou a crise institucional na Venezuela.

Lula reforça relações com palestino

As relações de Lula com o presidente da Autoridade Nacional Palestina se intensificam desde outubro de 2023. Naquela época, Lula conversou por telefone com Abbas e recebeu agradecimentos do árabe depois de criticar Israel. 

Desta vez, em Nova York, o presidente brasileiro falou de “uma das maiores crises humanitárias da história recente” na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e que “agora se expande perigosamente para o Líbano”.

Sem citar Israel, afirmou que “o que começou como uma ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino”.

Enquanto criticou nominalmente Israel, Lula não mencionou os grupos terroristas que atacam o país judaico. O brasileiro não citou nem o Hamas e nem o Hezbollah.

Fotos com a esquerda europeia

Abbas pertence ao Fatah, movimento rival ao Hamas. Enquanto a base do Fatah é a Cisjordânia, a do Hamas fica na Faixa de Gaza. O grupo terrorista atacou Israel em 7 de outubro do ano passado.

Além de Abbas, Lula usou o Instagram para mostrar fotos com líderes da esquerda europeia. Na lista estão o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Também aparecem os primeiros-ministros da Espanha e do Canadá, Pedro Sánchez e Justin Trudeau, respectivamente.

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