Depois de decisão do STF, governadores saem em defesa de Bolsonaro

A decisão do Supremo Tribunal Federal de transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em réu provocou reações imediatas entre seus aliados nos Estados. A Corte acatou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-presidente e sete aliados de suposta tentativa de golpe de Estado no fim de 2022.

No Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu Bolsonaro em postagem nas redes sociais. Chamou o ex-presidente de maior “liderança política” do país e disse confiar na verdade. Afirmou ainda que o processo será enfrentado com coragem.

https://twitter.com/tarcisiogdf/status/1905014971693662627

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No Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) elogiou o legado de Bolsonaro. Disse que o ex-presidente agiu com respeito à Constituição e destacou seu “compromisso com o povo brasileiro”. Segundo ele, o momento atual exige prudência e equilíbrio institucional.

https://twitter.com/claudiocastroRJ/status/1905027226900242931

Jorginho Mello reforçou fidelidade ao ex-presidente

Em Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) foi mais enfático. Declarou apoio incondicional a Bolsonaro e disse não ter se afastado dele em nenhum momento. “Não tenho medo de me posicionar ao lado dele, como sempre fiz”, escreveu Mello. “Bolsonaro é o maior líder de oposição no Brasil e merece estar nas urnas em 2026.”

https://twitter.com/jorginhomello/status/1904965444491936255

Outros governadores optaram por um tom mais técnico. Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, criticou o fato de o julgamento ocorrer na 1ª Turma do STF. Sugeriu que o caso fosse analisado pelo plenário da Corte, em razão da relevância institucional. A declaração ocorreu durante evento em Pernambuco, promovido pelo Lide.

“Acho que, por se tratar de um ex-presidente, o julgamento não poderia ser feito por uma Turma, mas pelo plenário”, declarou Ratinho Júnior.

Em Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) não fez defesa direta. Disse apenas que o STF deve respeitar o devido processo legal, com direito à ampla defesa e à produção de provas. Caiado e Bolsonaro têm evitado aparições conjuntas nos últimos meses.

Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) optou pelo silêncio. O foco político do Estado estava voltado à morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, ocorrida nesta quarta-feira, 26.

Enquanto isso, o Supremo deu prosseguimento à ação penal. A 1ª Turma aceitou por unanimidade a denúncia da PGR. Bolsonaro e aliados agora enfrentam acusações que, somadas, podem ultrapassar 40 anos de prisão. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-presidente chefiava o núcleo da trama golpista.

Entre os crimes apontados estão tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima para o conjunto das acusações pode chegar a 43 anos.

Além de Bolsonaro, outros sete viraram réus

Além de Bolsonaro, viraram réus: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.

Com o processo aberto, o STF começará a fase de instrução. Testemunhas serão ouvidas, provas poderão ser produzidas, e, ao fim, as defesas apresentarão alegações finais. O julgamento do mérito ocorrerá somente depois dessas etapas. Outras denúncias da PGR devem ser analisadas em sessões futuras.

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