Deputado cobra investigação sobre surto de virose na Baixada Santista
O deputado estadual Tenente Coimbra (PL-SP) cobrou uma investigação detalhada sobre despejos irregulares de esgoto nas praias da Baixada Santista, que podem ter relação com o surto de virose que afeta a região. O parlamentar deu entrevista ao Jornal da Oeste nesta terça-feira, 7.
“A gente precisa fazer um estudo a nível estadual para identificar a causa”, disse Coimbra. “Infelizmente, o Ministério da Saúde não ajuda, a pasta vê as crises acontecendo, não se posiciona, não oferece recursos nem ajuda.”
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O tenente cobrou a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, para iniciar a investigação. O pedido veio depois de a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgar um vazamento de esgoto na Praia da Enseada, no Guarujá (SP).
A empresa informou sobre a situação na última quinta-feira, 2. A Sabesp nega ligação direta entre o vazamento e o surto, mas Coimbra acredita que a hipótese não pode ser descartada sem uma investigação minuciosa.
Surto de virose sobrecarrega unidades de saúde
O parlamentar considera “inadmissível” o escoamento de esgoto clandestino no mar e disse que a situação já levou a uma sobrecarga nas unidades de saúde da Baixada Santista. A rede de farmácias também enfrenta falta de medicamentos.
“O aumento exponencial de casos de virose nas cidades da Baixada Santista é preocupante”, disse Coimbra. “Estamos falando de milhares de pessoas atendidas pela rede de Saúde da região. Isso precisa ser checado. Tendo ou não relação com o surto, um vazamento de dejetos na água do mar já é, por si só, inadmissível.”
Coimbra também solicita que a Sabesp e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) avaliem as condições ambientais e sanitárias das cidades litorâneas. O parlamentar questiona se a água potável está contaminada e se a água do mar está adoecendo os banhistas.
O impacto econômico e social do surto também preocupa Coimbra. A situação prejudica o turismo, forte para a economia local, e sobrecarrega o sistema de saúde.
“Estão faltando respostas”, afirmou. “A água potável do litoral está contaminada? É a água do mar que está deixando os banhistas doentes? O que está sendo feito para que mais casos não aconteçam? A Sabesp precisa explicar, também, sobre possíveis ligações de água clandestinas e o escoamento de esgoto.”
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