Esquerda ‘invade’ Avenida Paulista em pleno feriado para xingar Tarcísio e Nunes

Grupos de esquerda aproveitaram o feriado de 15 de Novembro para “invadir” a Avenida Paulista, em São Paulo. Com bandeiras que mostravam símbolos comunistas e o rosto de Che Guevara — um dos líderes da Revolução Cubana —, os manifestantes bradaram xingamentos ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB).

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O objetivo oficial da manifestação, no entanto, era pedir o fim da escala de trabalho 6×1 no Brasil. A proposta da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) nesse sentido tramita na Câmara dos Deputados.

Grupos de esquerda pedem o estabelecimento do socialismo

Em outro momento da manifestação, grupos aproveitaram o tema do fim da escala 6×1 para pedir o estabelecimento do socialismo no Brasil. “Escala 6×1, para a casa do caralh*, aqui é juventude com o proletariado”, gritavam os manifestantes. “Esse país está no abismo, a solução é construir o socialismo.”

Participaram da manifestação membros do grupo Vida Além do Trabalho, Organização Comunista Internacionalista e militantes que carregavam bandeiras de partidos como PT e PSTU. Pessoas com boné do MST também marcaram presença, assim como manifestantes com bandeiras e faixas da Palestina, que tem um de seus territórios, a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista Hamas.

PEC do fim da escala 6×1

A PEC do fim da escala 6×1 impõe uma jornada de 4×3, sem reajuste no piso salarial. A atual jornada é adotada em setores que exigem que os trabalhadores atuem aos fins de semana, como comércio, supermercados, farmácias e restaurantes.

O texto visa a reduzir a carga horária de trabalho de 44 horas para 36 semanais, sem modificar as oito horas diárias. Com isso, os empregados trabalhariam menos dias na semana. Ou seja, em uma escala 4×3.

A PEC do fim da escala 6x1 visa a reduzir a carga horária de labor de 44 horas para 36 semanais, sem modificar as oito horas diárias | Foto: Reprodução/<b>Revista Oeste</b>
A PEC do fim da escala 6×1 visa a reduzir a carga horária de labor de 44 horas para 36 semanais, sem modificar as oito horas diárias | Foto: Uiliam Grizafis/Revista Oeste

O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS), entretanto, propôs a PEC da Alforria como alternativa à proposta do Psol — nela, a ideia é deixar livre para empregadores e empregados negociaram a carga horária. Em entrevista a Oeste, ele afirmou ter construído o texto com colegas da oposição, com o objetivo de trazer para o Brasil um modelo “que dá certo no mundo”. 

“A PEC traz mais liberdade ao trabalhador, que poderá escolher a jornada de trabalho que quiser desempenhar”, afirmou Marcon. “Sem abrir mão dos direitos trabalhistas já garantidos na Constituição.”

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