‘Estão destruindo o Estado de Direito’, diz deputado do PL, sobre prisão de Braga Netto
A prisão do general Walter Braga Netto gerou forte repercussão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um deles, o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), 67 anos, considerou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um ataque à democracia.
“Tentar incriminá-lo de um golpe que nunca ocorreu, na minha opinião, é a comprovação terrível de que estão destruindo o Estado Democrático de Direito”, afirmou Sávio a Oeste.
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“O terrível é que fazem isso alegando estarem protegendo ou defendendo a democracia, mas está evidente que hoje temos um STF, ou pelo menos parte dele, a serviço de um lado da política, perseguindo quem discorda deles.”
O parlamentar não vê motivo para se afirmar que houve desvio de conduta de Braga Netto.
“Prender um homem com a estatura moral do general Braga Netto, figura de biografia militar e civil impecável, com relevantes serviços prestados ao país, com a mera alegação de obstrução de justiça sem esclarecer qual atitude concreta de obstrução ele cometeu, é inaceitável.”
Para ele, as investigações e ações judiciais revelam um viés político que inverte valores no sistema judiciário atual.
“Ser honesto, ser patriota ou ser inocente de qualquer crime não livra ninguém das atrocidades dos tiranos”, destacou.
Na opinião de Sávio, o momento exige que a população resista ao que ele considera uma arbitrariedade jurídica.
“Que Deus proteja nossa nação e nos mantenha firmes na resistência em defesa da verdadeira e única democracia onde a injustiça não prevalece.”
A prisão de Braga Netto
Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e ministro da Casa Civil e da Defesa do ex-presidente, foi preso neste sábado, 14.
Ele foi indiciado, no final de novembro, no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder depois das eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em novembro, depois do indiciamento, Braga Netto disse que “nunca se tratou de golpe” e negou “plano de assassinar alguém”, ao se referir a suposto plano, citado no inquérito, para assassinar o presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Moraes.
Na tarde deste sábado, Braga Netto participou, por videoconferência, de uma audiência de custódia com um juiz instrutor do STF, que manteve a prisão do general.
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