Flávio, sobre julgamento de Bolsonaro: ‘Está nas mãos de Deus’

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou sobre o julgamento que envolve seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e mais sete aliados, sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. O parlamentar disse que o processo “está nas mãos de Deus”. O político carioca deu a declaração nesta segunda-feira, 24, durante um evento do Partido Progressistas, em Brasília.

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O filho do ex-presidente se mostrou otimista sobre a situação do pai. Flávio disse ter certeza que “todas as injustiças vão ser desfeitas”. O senador afirmou que ainda não conversou com Bolsonaro, mas pretende se encontrar com ele nesta terça-feira, 25.

Análise do julgamento de Bolsonaro

Flávio evitou responder se teme a prisão de seu pai, mas afirmou que já imagina o resultado do julgamento “apenas em função de quem vai julgar esse processo”. Ele criticou o que considera uma militância no Judiciário. De acordo com o congressista, os magistrados “desviam a Constituição”.

O parlamentar ainda destacou a necessidade de o Congresso tentar alterar a Constituição para corrigir as “decisões judiciais arbitrárias”.

Contexto político e decisões do PL

Sobre o seu irmão e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do mandato para ficar nos Estados Unidos, Flávio afirmou que a decisão é de foro íntimo. 

“A gente não vive numa democracia plena”, disse o senador, ao afirmar que é injusto julgar Eduardo sobre a decisão de ficar nos EUA.

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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o ex-presidente, é composta pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes (relator do processo) e Luiz Fux. Os magistrados estão analisando a denúncia contra Bolsonaro e seus aliados. Neste grupo estão:

  • Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República; 
  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência; 
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; 
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; 
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; 
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; 
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e 
  • Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

Detalhes das sessões no STF

A sessão foi aberta pelo presidente do colegiado, Zanin. Moraes apresentou um relatório favorável para tornar os denunciados réus. 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também apresentou suas considerações. As defesas dos acusados fizeram suas sustentações orais.

Três sessões extraordinárias foram agendadas para o caso: duas nesta terça-feira e outra na quarta-feira 26. Se a denúncia for aceita, uma ação penal será iniciada. O STF deve ouvir testemunhas e conduzir investigações antes de decidir sobre a condenação ou absolvição dos acusados.

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