Inteligência artificial vira auxiliar de juiz no Brasil

Nos rincões do Brasil, a Justiça do Trabalho ganhou um novo funcionário. Por enquanto, ele está livre dos sindicatos e promete ocupar os servidores eletrônicos da Corte e substitui os funcionários públicos de carne e osso. Seu nome é Galileu. Trata-se de uma inteligência artificial (IA) com sotaque gaúcho que promete pôr agilidade no centro do Judiciário brasileiro.

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O mais novo empregador é o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Goiás, que anunciou o reforço na última terça-feira, 24. Com a contratação, a Corte goiana se junta a outros oito estados. São eles: Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Paraíba, Alagoas e Piauí, além do Rio Grande do Sul — terra onde o dispositivo nasceu.

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Em 2023, o TRT do Rio Grande do Sul começou a empregar o Galileu, ainda em fase de testes. Em maio de 2025, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atestou a eficiência da IA para os julgamentos e autorizou sua implantação em todos os estados do Brasil.

Como funciona a IA no Judiciário

“É mais uma solução de inteligência artificial adotada na instituição, que atua como um assistente virtual, realizando a leitura automática de petições iniciais e contestações, organizando as informações de forma estruturada e sugerindo minutas com os tópicos da sentença já dispostos em ordem lógica”, afirma o CNJ. “Em cada item, são inseridos os detalhes dos pedidos e dos argumentos apresentados pelas partes, além de subsídios para a tomada de decisão, como jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, precedentes qualificados e decisões anteriores do próprio juiz ou juíza.”

A base para as decisões do novo servidor é o banco de dados do PangeaGab — uma ferramenta criada para auxiliar na confecção de sentenças e acórdãos. Trata-se de um sistema que integra as decisões de várias instâncias para ajudar a chegar ao veredito.

Os humanos, porém, seguem como os olhos da lei. Embora a IA junte os pontos, os magistrados ainda avaliam as decisões no Judiciário — mas não se sabe até quando.

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