Janja passa 16 dias a mais fora do Brasil que Lula

Desde o começo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, a primeira-dama, Janja, não escondeu o desejo de assumir o protagonismo em política externa. De 1º de janeiro de 2023 até o fim de setembro deste ano, a socióloga passou 103 dias em viagens internacionais. Ela superou em 16 dias o tempo de viagem de seu marido, que totalizou 87 dias no exterior.

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Para se ter ideia, em 2023, Janja acompanhou Lula em todas as viagens internacionais. Já em 2024, participou de quatro eventos oficiais como representante do Brasil — seja por designação de Lula, seja por convite direto.

A participação ativa de Janja em eventos internacionais

Em março de 2024, Janja esteve nos Estados Unidos. Na ocasião, a primeira-dama participou da 68ª Comissão Sobre Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU) — um evento que debateu a “igualdade de gênero” e o “empoderamento das mulheres”. Ela permaneceu em Nova York por oito dias.

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Em julho, Janja esteve em Paris, na França. Ela representou o presidente do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos, onde permaneceu por quatro dias, a pedido de Lula.

Já em setembro, Janja viajou para o Catar. Ela atendeu ao convite da sheika Mozha bin Nasser al-Missned para a 5ª Celebração do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques.

A sheika Moza é uma das três mulheres do sheik Hamad bin Khalifa. No país, as mulheres são proibidas de casar, dirigir, trabalhar em órgãos públicos ou viajar (no caso de menores de 5 anos) sem a aprovação de um tutor. Além disso, há um código de vestimenta rigoroso para as mulheres. Janja, contudo, nunca comentou as restrições depois de ter visitado o país.

Ela destacou sua visita a uma escola que acolhe crianças de países em conflito, como Sudão, Síria e Afeganistão. Janja disse que precisou ir ao Catar para que pudesse ter “vivenciado” o sofrimento das pessoas afetadas por conflitos. 

No fim do mesmo mês, a primeira-dama foi a Nova York, três dias antes de Lula. Ela participou de eventos relacionados à Assembleia Geral da ONU. Ficou nos EUA de 29 de setembro a 2 de outubro.

A agenda internacional da primeira-dama

Janja geralmente acompanha o presidente em suas viagens internacionais, exceto em agosto, quando Lula seguiu para o Chile e a primeira-dama ficou no Brasil depois de um procedimento estético não confirmado oficialmente.

Desde sua participação na abertura da Olimpíada de Paris, Janja intensificou suas viagens, com compromissos internacionais separados de Lula. 

Os custos das viagens

O custo da viagem ao Catar, por exemplo, incluiu um gasto mínimo de R$ 283,3 mil com seguranças.

Nos eventos em Nova York, a primeira-dama destacou a importância da presença feminina em espaços de poder e decisão. Também afirmou que problemas climáticos são causados por “ações criminosas terroristas”. 

No evento, a primeira-dama cometeu uma gafe, ao afirmar que havia “abrido” [sic] um caminho sobre políticas contra a fome.

Suas viagens internacionais foram motivos de críticas por parte de opositores. Rumores sinalizam uma possível troca do avião presidencial, conhecido como Aerolula, por um modelo de maior autonomia, já apelidado de Aerojanja.

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