Julia Zanatta, sobre o projeto de anistia: ‘Não vamos retroceder’
Na quinta-feira 14, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o recente suicídio na Praça dos Três Poderes, na quarta-feira 13, “não foi um caso isolado”. Além disso, o magistrado vinculou o ocorrido ao chamado “gabinete do ódio”. Essa declaração gerou críticas de parlamentares. Alguns afirmam, por exemplo, que o ministro usou o caso para rechaçar a anistia aos presos no 8 de janeiro.
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O líder da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), reafirmou sua articulação pelo projeto de perdão aos presos, depois das declarações de Moraes. A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), por sua vez, afirmou tudo isso representa uma “vergonha para o Brasil”.
Julia Zanatta reafirma seu compromisso com o projeto da anistia
Em entrevista na edição desta sexta-feira, 15, do Jornal da Oeste, Julia Zanatta também reafirmou seu compromisso com o projeto da anistia. “Não vamos retroceder”, disse.
A parlamentar ainda criticou o fato de os deputados do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) tentarem barrar o projeto. Recentemente, parlamentares de esquerda pediram o arquivamento do projeto. Julia Zanatta afirmou, contudo, que a decisão final cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“O Psol é um câncer”, afirmou Julia Zanatta. “Pessoas ligadas ao partido me atacaram em meu local de trabalho, me chamaram de nazista. Sou mulher, estou grávida. Então, atacaram duas mulheres. Mas não vamos arredar o pé. A questão da anistia é prioridade.”
Diretor da PF defende censura nas redes sociais
A deputada catarinense também criticou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Ele defendeu a censura nas redes sociais, depois das explosões que ocorreram em Brasília.
“Se ele quiser dar opinião sobre isso, deve candidatar-se e fazer leis no Congresso”, disse Julia Zanatta. “Foi verbalizado pela presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann: se as redes não forem regulamentadas, a esquerda estará morta. É por isso que eles não têm escrúpulos.”
Ao concluir, a deputada lembrou que os brasileiros sentem sensação de injustiça. “Não somente isso, as pessoas não confiam mais nas instituições”, acrescentou. “Porque elas pensam: ‘Vou votar em meu deputado para depois o STF tomar as decisões’.”
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