Lula diz que decisão da Meta de encerrar checagem de fatos é ‘extremamente grave’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira, 9, que o fim da checagem de fatos anunciado pela Meta é “extremamente grave”. A big tech controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp.
“Acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que cometa um crime na imprensa escrita”, disse Lula, a jornalistas, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente visitava a exposição sobre o 8 de janeiro exposta na sede do governo e estava acompanhado da primeira-dama, Janja; do ministro da Casa Civil, Rui Costa; e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
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O chefe do Executivo informou que vai fazer uma reunião com integrantes do governo nesta tarde. Ele alega que está preocupado com a “soberania” de cada país. “O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada”, afirmou. “Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação.”
Meta anuncia mudanças e fim de checagem de fatos
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, informou que a empresa priorizará a “liberdade de expressão”. A decisão inclui o fim da checagem de fatos e a revisão de conteúdos publicados nas redes sociais.
O executivo afirmou ainda que trabalhará com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra políticas de países que busquem restringir empresas norte-americanas. “Países da América Latina têm ‘tribunais secretos’ que podem ordenar que empresas silenciosamente retirem conteúdos”, declarou, em vídeo divulgado na terça-feira, 7.
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Autoridades brasileiras criticaram a decisão. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, destacou que plataformas devem seguir as leis locais. “As redes sociais não são terra sem lei”, afirmou. “No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira.”
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