Lula, Janja e membros do governo se calam diante de críticas à falta de mulheres no Judiciário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja da Silva e ministros de governo não responderam às críticas da ministra Maria Elizabeth Rocha, que assume em 12 de março o comando do Superior Tribunal Militar (STM). Ao jornal O Globo, Maria Elizabeth afirmou que Lula “não está cumprindo promessas” e tem desapontado a magistratura feminina por não aumentar a representatividade de mulheres no Judiciário.

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Indicada ao STM por Lula em 2006, Maria Elizabeth descreveu como “extremamente frustrante, triste e decepcionante” a preferência do presidente por nomear homens para cargos judiciais em seu terceiro mandato.

Ela destacou que “a magistratura feminina toda se pronuncia nesse sentido e está ressentida”.

Expectativas sobre indicação de Lula para o STJ

Atualmente, há duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) depois da aposentadoria das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães. No ano passado, foram enviadas listas tríplices ao Palácio do Planalto, contendo três homens e três mulheres, refletindo os esforços do presidente do STJ, Herman Benjamin, e da ala feminina da Corte para garantir a presença delas nas indicações.

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“Vamos ver como será agora com as próximas indicações para o STJ”, comentou a ministra em entrevista à coluna de Malu Gaspar. “Tudo que se comenta é que serão homens, mas tomara que ele nos surpreenda”.

Apesar desse equilíbrio, nos bastidores, os homens são apontados como favoritos para preencher as vagas, segundo a jornalista. A ministra Maria Elizabeth também considerou “inconcebível” que apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, integre atualmente a Suprema Corte.

Atualmente, o STJ conta com cinco mulheres. São elas:

  • Maria Thereza de Assis Moura;
  • Regina Helena;
  • Nancy Andrighi;
  • Daniela Teixeira; e
  • Isabel Gallotti.

Reações e tentativas de contato

Depois das declarações de Maria Elizabeth Rocha, O Globo tentou contato com Lula, Janja e os ministérios envolvidos na seleção dos candidatos – a Casa Civil, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Justiça –, mas ninguém quis se manifestar. O Ministério das Mulheres, que defende a “igualdade de gênero”, também foi procurado, mas não comentou.

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