Lula, o amigo de Putin

Desde o começo do terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado aproximação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Essa postura tem gerado controvérsia, porque afasta o Brasil da tradicional neutralidade diplomática.

O presidente brasileiro tem minimizado o papel de Putin no conflito do Leste Europeu. Em abril, por exemplo, Lula disse que tanto a Ucrânia quanto o Ocidente são responsáveis pela continuidade da guerra.

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Naquele mesmo mês, Lula afirmou que os Estados Unidos e a União Europeia incentivam a guerra ao fornecerem armas para Kiev. Essa declaração é vista como uma tentativa de desviar a responsabilidade direta de Putin pela invasão.

O apoio do Brasil a Moscou ficou evidente quando o país assinou um tratado com a China para um plano de paz favorável à Rússia. Isso intensificou as críticas à posição de Lula.

O convite de Lula

Durante a Cúpula dos Brics de 2023, realizada remotamente, Lula correu o risco de protagonizar uma polêmica global. Ele renovou o convite estabelecido a Putin em setembro, para que visitasse o Brasil na Cúpula do G20 em novembro.

Tal visita conduziria o Brasil para uma situação delicada, porque o Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu a prisão de Putin. O presidente da Rússia é acusado de crimes de guerra relacionados ao sequestro de crianças ucranianas.

Essas crianças foram retiradas de suas famílias em regiões ocupadas por tropas russas e levadas para adoção na Rússia.

Afagos a Putin

Durante a Cúpula do G20 de 2023, na Índia, o petista afirmou que, se Putin viesse ao Brasil em 2024, não seria preso. Depois, Lula recuou, ao argumentar que a decisão caberia à Justiça brasileira. Putin declarou que não viajaria ao Brasil para não desviar o foco dos debates diplomáticos.

Em mais uma declaração controversa, em abril de 2023, Lula minimizou a participação russa na guerra. Ele afirmou que a Europa e os Estados Unidos contribuíam para o conflito ao fornecer armas à Ucrânia. Durante visita aos Emirados Árabes, Lula acusou a Ucrânia de ter papel no início do conflito.

Em entrevista à CNN, em julho de 2023, Lula afirmou que sua prioridade é ser um mediador da paz, ocasião em que evitou acusações diretas a Putin. Ele destacou que enviar munições para a guerra seria como entrar nela.

Acordo de paz

Na Assembleia Geral da ONU de 2023, em setembro daquele ano, Lula disse que as Nações Unidas devem atuar como mediadora imparcial. Ele reiterou que a paz virá por meio de negociações.

Em junho deste ano, Lula afirmou que tanto Putin quanto Zelensky “estão gostando da guerra”. Ele nega defender o presidente russo, mas avalia ambos os lados não querem dialogar.

Durante o mandato, Lula já recebeu o chanceler russo Sergey Lavrov no Brasil ao menos duas vezes desde que assumiu o poder. Em contrapartida, recusa audiência com o embaixador ucraniano, Andriy Melnyk.

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