Mauro Vieira vai ao Senado debater aumento de tarifa dos EUA sobre aço brasileiro

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ao Senado Federal para debater sobre a tarifa de 25% imposta pelos EUA sobre o aço e o alumínio brasileiros. Inicialmente, a audiência seria nesta quinta-feira, 20, mas foi adiada para 3 de abril.

A audiência ocorre na Comissão de Relações Exteriores (CRE). As novas tarifas do governo dos EUA passaram a valer na quarta-feira passada, 12, com o objetivo de incentivar a produção interna e diminuir o déficit comercial.

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Segundo o presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a audiência ocorre em um momento em que “o Brasil busca respostas para os desafios impostos pelo comércio global e pelo aumento do protecionismo”.

“A falta de planejamento pode prejudicar setores estratégicos do país, especialmente estados exportadores como Mato Grosso do Sul, que dependem do comércio exterior para escoar sua produção”, destacou. “Nosso estado tem um potencial extraordinário, mas sem uma estratégia clara, ficamos vulneráveis a barreiras que poderiam ser evitadas com uma atuação mais coordenada. Precisamos garantir segurança e previsibilidade para nossos produtores e exportadores.”

Itamaraty criticou tarifa imposta pelo governo dos EUA

Depois do anúncio da nova tarifa pelos EUA, o governo brasileiro emitiu uma nota em reação à medida. A manifestação ocorreu por meio do Itamaraty, que classificou a decisão como “injustificável e equivocada”.

Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores destacou que as exportações brasileiras nos setores afetados somaram US$ 3,2 bilhões em 2024, o que evidencia o impacto significativo da nova tarifa sobre a economia nacional.

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Além do aumento das tarifas, o governo americano também revogou todos os arranjos existentes em relação às cotas de importação desses produtos. Para o governo brasileiro, essa mudança agrava ainda mais a relação comercial entre os dois países, dificultando o acesso dos produtos nacionais ao mercado americano.

O Itamaraty ressaltou que a decisão dos Estados Unidos contraria o histórico de cooperação econômica entre os dois países. Também reforçou que, em 2024, os EUA registraram um superávit comercial de US$ 7 bilhões com o Brasil apenas no comércio de bens, o que torna a medida ainda mais desfavorável para o equilíbrio das relações comerciais bilaterais. 

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