Não existe possibilidade de pacificação com anistia, diz Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou, nesta quinta-feira, 14, sobre a explosão que culminou na morte de um homem em frente à Corte, na noite de ontem.
“A PF está em via de conclusão do inquérito dos autores intelectuais do 8 de janeiro e ontem é uma demonstração de que só é possível e é necessária a pacificação do país, mas só é possível com a responsabilização de todos os criminosos”, disse o juiz do STF, em um evento no Conselho Nacional do Ministério Público.
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“Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. O STF já condenou mais de 1,2 mil pessoas por crimes graves, como abolição do estado de direito, mais de 200 pessoas foram condenadas, mais de 100 já foram condenadas pelos crimes mais leves, por atentar contra a democracia na frente dos quartéis.”
Ainda conforme Moraes, “é necessário não só que nós nos unamos na defesa constante da democracia, nas responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a democracia”. “A impunidade gera eventos como ontem, a impunidade vai gerar mais agressividade”, observou o magistrado.
A explosão no estacionamento da Câmara e perto do STF
Na noite da quarta-feira 13, um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz detonou uma bomba em um carro estacionado perto da Câmara dos Deputados e, na sequência, fez um ataque suicida em frente ao Supremo Tribunal Federal: ele explodiu uma bomba no próprio corpo e morreu no local.
Depois da explosão, a sessão da Câmara foi suspensa pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que estava no exercício da presidência, e o prédio foi evacuado. O STF também foi esvaziado.
Durante a madrugada, autorizados por Alexandre de Moraes, policiais fizeram uma busca na casa alugada por Francisco em Ceilândia (DF), e agentes do Instituto de Criminalística periciaram o corpo do dele.
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