O choro da esquerda brasileira à vitória de Trump
A esquerda brasileira começou a reagir com críticas à vitória de Donald Trump como presidente eleito dos Estados Unidos. O republicano ganhou da democrata Kamala Harris na madrugada desta quarta-feira, 6.
Enquanto o presidente Lula tenta minimizar os estragos ao parabenizar Trump por sua conquista — depois de ter defendido o voto em Kamala Harris —, alguns de seus ministros e parlamentares da esquerda se pronunciam negativamente.
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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou que a vitória do republicano é um “sinal de alerta para o campo democrático” e que é preciso “fortalecer a democracia no Brasil”.
“A polarização se mantém como uma realidade e temos de nos preparar para enfrentá-la também aqui no Brasil, onde a extrema direita já se assanha com o resultado”, disse.
Mais cedo, em conversa com jornalistas, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) declarou que o “dia amanheceu mais tenso no mundo” com a vitória de Trump. “Na campanha, foram ditas muitas coisas que causam apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse Haddad”, falou.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também se pronunciou em seu perfil oficial no Twitter/X. “A mais rica nação do mundo elegeu um presidente que cultiva os piores valores humanos. Nega as mudanças climáticas e a ciência e apoia a extrema direita no mundo. Tempos difíceis para a humanidade”, escreveu.
Parlamentares criticam vitória de Trump
Também nas redes sociais, parlamentares de esquerda se mostraram insatisfeitos com a definição de Donald Trump como o próximo presidente dos Estados Unidos.
Rogério Correia (PT-MG) afirmou que, com a vitória do republicano, não “perde” só Kamala Harris, “mas a democracia, o meio ambiente e o clima que são constantemente ameaçados pela extrema direita”. “Nossa luta por um mundo mais justo é contínua”, afirmou.
Erika Kokay (PT-DF) declarou, antes do anúncio de Trump como ganhador das eleições, que a vitória de Kamala Harris significaria “um duro golpe para a extrema direita global, inclusive para o bolsonarismo”.
Outro a se pronunciar sobre o assunto foi André Janones (Avante-MG). Afirmou que a vitória de Trump significaria “riscos para o mundo” e que o republicano “quer criar campos de concentração para imigrantes”.
Declarou que o presidente eleito quer “usar o exército para atacar os seus opositores”, além de “fortalecer as guerras”, “aumentar ainda mais a crise mundial”, “obrigar todos a casar” e “proibir o FBI a investigar fake news”.
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