Operação que investiga compra de votos apreende R$ 600 mil no Ceará

O Ministério Público Eleitoral do Ceará e a Polícia Federal deflagraram a Operação Mercato Clauso, que teve como objetivo combater fraudes nas eleições municipais de 2024. A ação teve início nesta sexta-feira, 4.

A operação ocorreu nas cidades de Canindé, Fortaleza e Choró, onde foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Durante os trabalhos, as autoridades apreenderam R$ 600 mil em dinheiro e vários equipamentos eletrônicos.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

A investigação, coordenada pelo promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto, começou depois de denúncias sobre um esquema de compra de votos, supostamente liderado por um grupo criminoso.

Formado por familiares e pessoas próximas aos candidatos, esse grupo teria oferecido dinheiro e benefícios materiais, com suspeitas de que os recursos vêm de contratos irregulares com órgãos públicos para financiar campanhas eleitorais.

Os R$ 600 mil encontrados teriam sido usados pelo grupo para comprar votos, de acordo com a Polícia Federal. Além disso, a investigação indica que o grupo teria ligação com uma célula criminosa que usa intimidação para controlar certas áreas, o que influencia eleitores a votarem em seus candidatos.

“O Ministério Público, por meio da Promotoria da 33ª Zona Eleitoral, vem realizando um trabalho de fiscalização para que não haja desigualdade no pleito, assegurando a integridade do processo democrático e impedindo a ação de grupos que possam cometer abuso do poder econômico nas eleições municipais”, destaca Pequeno Neto.

O nome da operação, Mercato Clauso, significa “Mercado Fechado”, e faz referência a algo que está fora de operação ou bloqueado.

Ciro Gomes diz que Ceará enfrenta ‘ditadura’ no governo do PT

Em julho, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) participou de eventos de lançamento de candidaturas no interior do Ceará. Durante discurso, afirmou que o Estado nordestino enfrenta uma “ditadura” do PT.

O atual governador cearense é o petista Elmano de Freitas. Antes, o Estado estava sob o comando do hoje ministro da Educação, Camilo Santana, também do PT, que ficou no poder de 2015 a 2022.

“Há uma ditadura tentando ser construída, tirando os direitos das pessoas de escolher suas candidaturas”, disse Ciro. “Tudo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contrastes, e tenho certeza que o Cariri vai se levantar.”

Leia também: “Pequenas prefeituras, grandes orçamentos”, reportagem de Artur Piva publicada na Edição 236 da Revista Oeste

O post Operação que investiga compra de votos apreende R$ 600 mil no Ceará apareceu primeiro em Revista Oeste.

LikedLiked