PT troca ‘companheiro’ por ‘irmão’ para se aproximar dos evangélicos

O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou, no aplicativo Instagram, uma campanha destinada aos “irmãos”, num incentivo a novos filiados a se juntarem à legenda.

O objetivo é que esses novos integrantes participem do Processo de Eleição Direta (PED) de 2025, marcado para o dia 6 de julho. Nessa data, ocorrerão votações para renovar as lideranças do PT em níveis municipal, estadual e nacional.

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Na publicação, a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem ao lado da frase: “Irmão, você precisa se filiar para votar no PED”.

O uso do termo “irmão” substitui o tradicional “companheiro”, que era característico de Lula ao longo de sua carreira política. A mudança é vista como uma estratégia para atrair evangélicos de esquerda ao partido.

Esse segmento da população brasileira, historicamente, mostra resistência ao PT e recebe influência de lideranças religiosas mais conservadoras.

Outras ações do PT para aproximar-se dos evangélicos

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O governo Lula considera a inclusão de figuras evangélicas em posições de destaque no alto escalão | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em 2024, o governo Lula lançou o programa Acredita, com o objetivo de ampliar o acesso ao crédito e fomentar o empreendedorismo no Brasil. O foco está em microempreendedores individuais, pequenos empresários, mulheres empreendedoras e grupos historicamente excluídos do sistema financeiro tradicional.

O programa “Acredita” busca não apenas fortalecer o diálogo, mas também oferecer respostas concretas às demandas sociais das comunidades religiosas.

Leia também: “A hora da verdade sobre Lula”, artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 249 da Revista Oeste

Mais de 70 igrejas e entidades evangélicas apoiam a iniciativa e desempenham um papel de conectarem-se diretamente com o público-alvo. Por meio desse contato, as igrejas orientam sobre o acesso e os benefícios dos recursos oferecidos pelo programa.

Além do programa, o governo considera a inclusão de figuras evangélicas em posições de destaque no alto escalão. Nomes como a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) podem ocupar ministérios estratégicos na reforma administrativa prevista para o início de 2025.

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