As incríveis explosões espaciais que intrigam a ciência

Você sabe o que uma vaca, um coala, um demônio da Tasmânia e um tentilhão têm em comum? Todo eles explodiram no espaço. Mas não se assuste! Todos esses animais, na verdade, são codinomes dados para uma explosão espacial muito mais brilhante que o normal, e que cientistas ainda não conseguiram explicar. Algumas teorias propõem que se trata de um buraco negro devorando estrelas. Outras, uma supernova que deu errado.

Leia mais:

Mancha solar fica 10 vezes maior que a Terra e pode gerar explosões muito violentasConfira 6 dicas para vender mais e melhor no Mercado Livre5 apps de audiobook gratuitos para computador ou celular

O que são os fenômenos

Essas explosões espaciais são chamadas de transitórios ópticos azuis rápidos luminosos — ou LFBOTs.Elas são muito mais brilhantes que as supernovas (fenômeno que se dá a partir da explosão de uma estrela) e por isso são denominadas “luminosos”. Além disso, são muito rápidas (por isso o “rápidos”, no nome) e quentes, chegando a quase 40 mil graus Celsius (“azuis”, na nomenclatura, se refere à cor da chama).A mais recente foi detectada em 10 de abril do Observatório de Palomar, na Califórnia, e batizada de Finch (tentilhão, em português).

Ilustração do fenômeno chamado LBOT (Imagem: Bill Saxton/NRAO/AUI/NSF)

Nomes de animais

E por que os nomes de animais? Segundo Daniel Perley, astrônomo da Liverpool John Moores University que participou das descobertas, os nomes são só por diversão.

Na verdade, os codinomes se baseiam na sequência de letras e números atribuídos às explosões automaticamente. A primeira foi o Cow (vaca), em 2018, que tinha o código AT2018cow. Depois, veio o coala (ZTF18abvkwla) e o demônio da Tasmânia (AT2022tsd).

O Finch (AT2023fhn) é o mais recente e é quase uma exceção à regra do que os cientistas propuseram para a razão das explosões espaciais.

Mas o que é a explosão espacial?

Os cientistas já desvendaram que as luzes que veem são explosões espaciais, mas estão tentando entender como surgem. Isso porque, ao contrário das supernovas, que duram de semanas a meses, os LFBOTs duram dias.A teoria principal é que estamos falando de uma estrela gigante, com 20 vezes a massa do Sol, que passou por um processo falho de supernova. Então, um buraco negro se formou em seu núcleo.No caso de uma estrela desse porte, quando entrar em colapso no buraco negro, ela produz os jatos poderosos que são detectados como os LFBOTs.No entanto, o Finch é uma exceção a isso: a explosão foi detectada fora de qualquer galáxia próxima e, segundo pesquisadores, não deveria ter conseguido chegar lá.Outras teorias propõem que os LFBOTs sejam eventos de maré, quando um buraco negro está devorando o material de uma estrela, ou a fusão entre duas estrelas de nêutrons. Porém, o primeiro processo é improvável, já que não há buracos negros tão grandes fora das galáxias, e o segundo demora bilhões de anos para acontecer.

Imagem do Telescópio Espacial Hubble mostra a explosão Finch (Foto: Reprodução)

E agora?

Cientistas envolvidos na pesquisa não descartam nada, mas também não arriscam cravar o que é o fenômeno.

Atualmente, cerca de dois novos LFBOTs são detectados por ano, o que pode ajudar na descoberta de sua origem. E nesse processo, os responsáveis não pretendem parar com os nomes de animais.

Com informações de New York Times

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

O post As incríveis explosões espaciais que intrigam a ciência apareceu primeiro em Olhar Digital.

Liked Liked